sábado, 9 de abril de 2011

Intolerância ignorante programada.

Muammar El Gaddafi é o responsável pelo mais novo embate entre as esquerdas. Alguns que se intitulam stalinistas (alguns não se declaram) argumentam que a mídia internacional esta distorcendo a verdade sobre a Líbia ( que não podemos confiar na grande mídia é muito obvio) e que se trata de mais uma agressão imperialista. Estes ainda escrevem que as rebeliões na Libia são motivadas por interferências imperialistas externas.
Com relação a Gaddafi (ou Caddafi) acho que podemos concordar (todos nós) que alguém que diz que a Al Qaeda colocou alucinógenos no leite das crianças de seu país não é alguém que preze pela inteligência deste mesmo povo.
Já alguns auto intitulados trotskistas (outros sem títulos) argumentam que a falta de Democracia deve ser combatida a todo custo, e seguramente Gaddafi não é visto por estes como legitimo defensor da Democracia. Devemos lembrar que muitos desses trotskistas deixam de reconhecer os óbvios avanços na Bolívia e na Venezuela.
Antes de continuar meu pensamento gostaria de deixar bem claro que tanto Estados Unidos como União Européia tem interesses econômicos na região e que os dados , mas também que o povo líbio também gosta de viver bem, e viver bem é sempre ter expectativa de se conseguir o que não se tem, seja liberdade de expressão ou pão.
Podemos perceber que ainda andamos em extremos, ou seja, que as esquerdas se apressam em enquadrar toda a complexidade da política em seus poucos rótulos, quando deveriam agir, como o próprio Marx recomendou, trabalhando de acordo com a situação, mesmo que tenha que se fazer aliança com um grupo de interesses políticos diferentes afim de derrotar um inimigo comum ao alcançar objetivos comuns. Então a questão não é somente as revoltas no mundo islâmico, mas sim a conversa entre as esquerdas.
Sobre esse ponto podemos analisar a política externa chinesa, mas isto é assunto para outro texto.
Eloi Carvalho Torres é homo sapiens sapiens

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